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domingo, 20 de maio de 2012

48)-A Condenação (Poema)





Paro numa rua qualquer, estou exausto,
me encosto num muro ensanguentado
e assisto extasiado a tentativa de fuga
daqueles fantasmas que tu mataras.

Ascendo um cigarro, a noite não termina,
dou o primeiro trago, assopro no ar uma névoa
de fumaça branca que se espalha pelo ar
desenhando o nosso Amor impossível.

Estou aqui, pensativo, dou o segundo trago
e observo atônito o caminhar das Almas que
vos pedem, desesperadamente, a absolvição.
Em ti não há luz, estamos todos na escuridão...

A espera do momento em que a tua ira
venha nos lançar no Oceano do teu esquecimento.
Essa condenação é a sina dos Poetas que ousam
caminhar em pensamentos proibidos. Malditos!  

[Fernando de Souza Júnior]
20 de Maio de 2012

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