Caminho entre as tuas ruínas poéticas,
dói-me ao ver o verso a mim dedicado
perdido em meio aos destroços, choro
e sinto-me culpada por esta desgraça!
Creio que decepcionei-te, e sei que fui
o que você jamais queria que eu fosse
sou o que falaram de mim, a perversa.
Fui eu quem destruiu teus sentimentos,
sei disso! Perdi-te para ser isto, mexericos,
mas nunca fui o "alguém" que você imaginou,
sou isso, aquilo que não querias é o que sou.
Lamento por destruir o teu edifício de ilusões.
Deixaste por ora dói, mas tem que ser assim;
tem que ser despedida, sei que não querias,
foi cruel ser aquela que pra você não existia,
culpa minha, só espero que um dia entendas.
Adeus...
Adeus...
[Fernando de S. Júnior]
24 de Setembro de 2012