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segunda-feira, 24 de setembro de 2012

63)-Ruínas (Poema)



Caminho entre as tuas ruínas poéticas,
dói-me ao ver o verso a mim dedicado
perdido em meio aos destroços, choro
e sinto-me culpada por esta desgraça! 

Creio que decepcionei-te, e sei que fui
o que você jamais queria que eu fosse
sou o que falaram de mim, a perversa.
Fui eu quem destruiu teus sentimentos,

sei disso! Perdi-te para ser isto, mexericos,
mas nunca fui o "alguém" que você imaginou
sou isso, aquilo que não querias é o que sou.
Lamento por destruir o teu edifício de ilusões.

Deixaste por ora dói, mas tem que ser assim;
tem que ser despedida, sei que não querias,
foi cruel ser aquela que pra você não existia,
culpa minha, só espero que um dia entendas.

Adeus...  

[Fernando de S. Júnior]
24 de Setembro de 2012

sábado, 22 de setembro de 2012

62)-Não Partas (Poema)



Não quero que partas, fique!
Faça destas Poesias tua morada,
a canção favorita que te faz sonhar
e tua companhia nas noites frias.  

Você compôs todas as madrugadas onde vaguei 
solitário em busca de palavras que me trouxessem 
alegriamesmo que passageira, mas alegria...
O teu olhar de despedida era tudo o que eu não queria. 

Em ti cultivei as melhores inspirações  
onde tu plantastes em terras férteis  
sementes de imaginações onde colho
em meus pomares todos os seus beijos

que deixa na minha boca o gosto da Poesia.
Colho  também o teu perfume que deixa 
na minha pele a essência da Prosa romântica.
Colho os teus sorriso que te eterniza como minha.

Tu queres partir, despeça-se de mim e vá...
Mas saiba que viverei em tuas lembranças 
mesmo que tu voe para bem distante, cá estarei,
para fazer do teu regresso o meu horizonte.

[Fernando de Souza Júnior]
22 de Setembro de 2012

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

61)-Mundo, apenas mundo... (Poema)




Mundo absurdo, meu mundo...
tão vazio e tão cheio de tudo.
Mas é o meu mundo confuso,
poético, mentiroso e lúdico.

Mundo desventurado, perturbado
que faz de mim um ser aprisionado
no tempo, nos sonhos e no trabalho
me matando sem que eu seja amado. 

Mundo tão patético, tão novo,
tão meu que chega ser oco,
frágil, louco, inseguro e chato,
tão “eu” que faz do “outro” abstrato.

Mundo de lembranças, pequeno.
Apenas um mundo de imaginações
com quatro paredes e tantos retratos,
tão cheio tantos, tão cheio de “antes”...

[Fernando de S. Júnior]
19 de Setembro de 2012

terça-feira, 4 de setembro de 2012

60)-Amor em palavras... (Poema)



Foram palavras de Amor,
sobre o Amor, mas sem Amor.
Estava tudo lá, nas palavras.
Droga! O que o Amor fazia lá?

Não sei. Estavam lá,
todos os Amores...
Quem eu quero enganar?
A mim? Talvez seja a mim...

Fui tão (in)capaz de senti-lo,
de vivê-lo, que ele, o tal Amor,
voltou-se contra mim.
Seria o Amor? Por que Amor?!

Os sonetos não cansarão
de fazer deste ‘tal Amor’
nossas fantasias íntimas
que sempre será sua e minha.  

Oras, Amor... 

[Fernando de S. Júnior]
04 de Setembro de 2012