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sábado, 2 de fevereiro de 2013

83)-Como eu Preciso... (Poema)



Como eu preciso que você volte
para trazer às madrugadas
os mais belos versos de enlaço
nascentes dos desejos calados.

Como eu preciso do teu cheiro
para trazer às madrugadas
a coragem de me entregar inteiro
sem o receio de nos revelar.  

Como eu preciso da tua pele
para trazer às madrugadas
texturas de versos que te remetem
as minhas paixões clandestinas.

Como eu preciso dos teus beijos
para trazer às madrugadas
os cânticos de um amante confesso
que ora te ama, te odeia, te detesta...

Como eu preciso que você
traga de volta às madrugadas
Poesias mais alegres, vivas,
ritmadas por você e mais nada. 

[Fernando S. Júnior]
02 de Fevereiro de 2013.  

82)- Não... (Poema)



Não... Não posso seguir além.
Atravessar as fronteiras do não
significaria perder alguém
e deste alguém não abro mão.

Não quero que mude nada.
Quero apenas que tu sejas assim,
estático, templo de belas palavras,
histórias com bonitos fins.

Não queria que soubesse
que, de ti, reservei meus medos.
Apenas quero que saibas
que, por ti, criei apreços.

Não se chateie, conversaremos.
Riremos de singelas histórias,
compartilharemos momentos
de nenhuma triunfal vitória.   

[Fernando de S. Júnior]
02 de Fevereiro de 2013.

81)-Escreva-me (Poema)



Me perco neste seu jogo
de sins e de nãos, distante,
na tua demora, eu ouso,
te escrevo sem medo de ser errante.

Te imagino tímida ao me responder.
Mesmo distante, ouço os seus risos.
Rires, pois não sabes me corresponder,
não sabes que palavra cruas, pra mim, é paraíso. 

Rires das minhas verdades,
das minhas graças desgraçadas
que faço traças, sinceridades
e palavras de paixões despedaçadas.

Escreva-me, é o que te peço.
Quero ler teus devaneios.
Escreva-me, não tenhas medo.
Quero sentir a doçura dos teus seios.  

[Fernando de Souza Júnior]
02 de Fevereiro de 2013