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segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

69)-Momento (Poema)


Farsa. Percebi que era tudo uma farsa.
De longe pude senti-la fria, o olhar centrado
guardava algumas palavras duras e gélidas,
não era o momento para estragar o momento.

Ingênuo. Como pôde ser ingênuo?
Emocionado ele guardara no peito
o desejo de tê-la ao seu lado, oras,
desejo que virou flores e depois momento.

Fria! Aceitou as flores, que sem vida,
repousara em seu colo. Sorriu. Agradeceu.
Reservou o seu desapreço pelo Amor genuíno
e ingênuo que logo se tornaria momento.

Ele se tornou prisioneiro do silêncio.  
Coitado, sonhara com momentos eternos...  
E ela, ainda fria, deu-o um ligeiro abraço  
lançando-o na esperança do momento.   

[Fernando de Souza Júnior]
 29 de Outubro de 2012

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