Farsa. Percebi que era tudo uma farsa.
De longe pude senti-la fria, o olhar centrado
guardava algumas palavras duras e gélidas,
não era o momento para estragar o
momento.
Ingênuo. Como pôde ser ingênuo?
Emocionado ele guardara no peito
o desejo de tê-la ao seu lado, oras,
desejo que virou flores e depois momento.
Fria! Aceitou as flores, que sem vida,
repousara em seu colo. Sorriu. Agradeceu.
Reservou o seu desapreço pelo Amor genuíno
e ingênuo que logo se tornaria momento.
Ele se tornou prisioneiro do silêncio.
Coitado, sonhara com momentos eternos...
E ela, ainda fria, deu-o um ligeiro
abraço
lançando-o na esperança do momento.
[Fernando de Souza Júnior]
29 de Outubro de 2012
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