É neste inverno de Julho
que eu declamo a ti estes versos.
Sei que eu sou apenas um poeta
patético, ficcionista e medroso,
mas foi numa das noites frias
deste inverno do mês de Julho
que acendi um cigarro, dei o primeiro trago
e na primeira baforada vi-te dançando pelo ar.
Poeta? Sim... Poeta preso nos versos
que tem-te somente nas rimas
e te sente na distancia da prosa.
Sou um poeta preso no inverno,
poeta reverso, solitário, amargo,
poeta que vos vê se esvaindo pelo ar,
que te sente distante
e que se fere com o teu silêncio frio.
É noite, extasiado admiro você dançando
nos ares deste quarto escuro que aos poucos
te faz desaparecer deixando cá a fantasia
deste poeta sendo escrita neste verso
(do
mês de Julho).
[Fernando de Souza Júnior]
13 de Julho de 2012
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