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sexta-feira, 13 de julho de 2012

57)-Inverno (Poema)



É neste inverno de Julho
que eu declamo a ti estes versos.
Sei que eu sou apenas um poeta
patético, ficcionista e medroso,

mas foi numa das noites frias
deste inverno do mês de Julho
que acendi um cigarro, dei o primeiro trago
e na primeira baforada vi-te dançando pelo ar.

Poeta? Sim... Poeta preso nos versos
que tem-te somente nas rimas
e te sente na distancia da prosa.
Sou um poeta preso no inverno,

poeta reverso, solitário, amargo,
poeta que vos vê se esvaindo pelo ar,
que te sente distante
e que se fere com o teu silêncio frio.

É noite, extasiado admiro você dançando
nos ares deste quarto escuro que aos poucos
te faz desaparecer deixando cá  a fantasia
deste poeta sendo escrita neste verso
                                                  (do mês de Julho).

[Fernando de Souza Júnior]
13 de Julho de 2012


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