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quinta-feira, 29 de março de 2012

41)-Putas Tristes (Poema)



Eu e a minha irmã fomos Putas Tristes...
Para nós as noites eram feitas de sangue.
Vermelhas. Éramos violentadas na Alma.
Chorávamos no nosso vazio sem hesitar.

Tristes? Sim. Juntas, protagonizamos
os mais violentos atentados contra a moral,
fomos falsa sedução, corpos indócis
entrelaçados em corações feridos. 

Amadas? Nunca. Produtos da noite,
portadoras de um prazer com prazo
e de um corpo que em matéria não existe.

Desespero? Sim. Trágico fim para ambas...
A dor ainda me mantém viva, mas enforcou
a minha irmã, puta e eternamente triste.

[Fernando de Souza Júnior]
29 de Março de 2012

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